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Botos em risco? Nova ponte Tramandaí-Imbé sob críticas

A construção de uma nova ponte entre Tramandaí e Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, tem gerado polêmicas e questionamentos.
Enquanto o projeto avança com o apoio do governo estadual e das prefeituras locais, movimentos ambientais acusam a falta de transparência no processo e alertam para possíveis impactos à fauna local, especialmente ao boto-de-Lahille, uma espécie ameaçada de extinção.
No último dia do ano passado, o governador em exercício, Gabriel Souza, entregou à Prefeitura de Imbé a Licença Prévia emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Essa licença é um passo fundamental para a construção da nova estrutura, que busca aliviar os frequentes congestionamentos na ponte Giuseppe Garibaldi, especialmente durante a temporada de veraneio.
Apesar disso, entidades como a Associação Comunitária Imbé Braço Morto (ACIBM) e o Movimento Unificado em Defesa do Litoral Norte (MOVLN) criticam a administração municipal por não realizar audiências públicas para discutir a obra com a comunidade.
Em nota conjunta, os grupos ambientais destacaram que a Prefeitura de Imbé, que anteriormente criticou a tramitação simplificada para licenciamento de um emissário de esgoto no rio Tramandaí, adota agora um procedimento semelhante para a nova ponte.
Segundo as entidades, a construção poderia comprometer o ecossistema local, colocando em risco o boto-de-Lahille e outras espécies.
Medidas Mitigatórias e Posicionamento Oficial
De acordo com a Fepam, a Licença Prévia foi emitida com uma série de ajustes no projeto inicial, garantindo que a nova ponte seja suspensa, sem pilares no leito do rio. Essa solução busca minimizar os impactos ambientais, preservando a fauna e a flora locais.
O projeto também prevê a implantação do Programa de Monitoramento da Biota Aquática (PMBA), que avaliará continuamente os efeitos da obra sobre o ecossistema e a pesca cooperativa.
A Prefeitura de Imbé rebateu as críticas e afirmou que a preocupação ambiental é prioridade no planejamento da obra.
Segundo a administração municipal, a consulta popular será realizada na próxima etapa do projeto, agora que os locais para construção já foram definidos e considerados ambientalmente viáveis.
Demanda Histórica e Problemas Estruturais
A ponte atual, formada por três estruturas construídas ao longo de 70 anos, não atende mais às demandas de tráfego da região.
Originalmente projetada para suportar cargas de até 23 toneladas, ela hoje enfrenta tráfego diário de mais de 50 toneladas, comprometendo sua integridade.
A nova ponte promete conectar a Avenida Nilza Godoy, em Imbé, às ruas Alfredo Elias e São Salvador, em Tramandaí, oferecendo uma solução moderna e segura.
Apesar dos avanços, o debate sobre os impactos ambientais e a falta de discussão pública segue dividindo opiniões.
A ACIBM e o MOVLN reafirmam que não são contra o desenvolvimento, mas exigem que ele ocorra de forma transparente e sustentável.
Leia a nota completa da ACIBM/MOVLN
Fonte da notícia.

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